Entenda o procedimento de ICSI e quando ele é indicado
- Baby Center Medicina Reprodutiva
- 23 de ago. de 2018
- 2 min de leitura
Se você teve o mínimo contato com informações sobre reprodução humana e seus tratamentos, é muito provável que já tenha visto essa imagem muitas vezes. Ela retrata uma técnica de reprodução humana associada ao tratamento de fertilização in vitro. Entenda como ela é realizada e para qual público é indicada.

A injeção intracitoplasmática de espermatozoide, mais conhecida como ICSI, é uma técnica de reprodução humana realizada em associação ao tratamento de fertilização in vitro. Esse procedimento é indicado em casos de infertilidade de fator masculino grave ou quando a amostra de espermatozoides é limitada (oligorspermia). A ICSI é realizada por profissionais especializados em laboratório de reprodução humana e consiste na introdução de um único espermatozoide, que foi cuidadosamente selecionado, dentro do óvulo aspirado, realizando a fecundação in vitro.
Essa técnica pode ser realizada a partir de uma amostra de sêmen, colhida através de masturbação, ou através de biópsia testicular, no caso de homens que não conseguem ejacular. Após a coleta do sêmen, os espermatozoides que apresentam melhor qualidade, motilidade e formato adequado são selecionados e serão utilizados para fertilização.
Indicações para realização da ICSI:
-Homens com baixo número de espermatozoides, problemas de motilidade espermática (movimentação comprometida) ou morfologia alterada (formato alterada do espermatozoide).
-Homens que passaram por vasectomia
-Infecções ou infertilidade relacionada ao sistema imunológico
-Dificuldade no processo de ejaculação (ejaculação retrógrada, problemas neurológicos, psicológicos, diabetes)
-Amostras congeladas de homens que fizeram vasectomia ou que tiveram câncer e foram tratados com quimioterapia/radioterapia. Essas amostras são limitadas e valiosas. A ICSI é indicada para otimizar seu uso e aumentar a eficiência do tratamento.
-Fracasso repetido após vários tratamentos de fertilização in vitro ou inseminação intrauterina.
-Baixo número de óvulos após aspiração folicular
Diferencial da ICSI:
A utilização de um espermatozoide criteriosamente selecionado para fecundação direta no óvulo aumenta as chances de gravidez, facilitando a fecundação. Após a fertilização, o embrião recém-formado é monitorado por embriologistas que acompanham seu desenvolvimento até a transferência.
Cabe ao médico especialista em reprodução humana definir se é necessário ou não realizar a técnica, de acordo com o caso clínico individual e os fatores de infertilidade do casal.
Confira o passo a passo a FIV com ICSI:
Estimulação ovariana com medicamentos para estimular a ovulação e monitoramento do crescimento dos folículos ovarianos.
Aspiração/punção folicular para coleta de óvulos após 10-12 dias do primeiro dia das medicações e após 36 horas da administração do hormônio hCG (promove o “amadurecimento” dos óvulos). É um procedimento simples e rápido (15 minutos), realizado no centro cirúrgico. Simultaneamente à aspiração folicular deve ser realizada a coleta dos espermatozoides.
Após a coleta dos óvulos e dos espermatozoides, os melhores gametas são selecionados. É realizada a ICSI, através da introdução do melhor espermatozoide em um óvulo de qualidade. Para introduzi-lo é utilizada uma micro-pipeta. Os embriões recém-formados se desenvolvem no laboratório durante 3 a 5 dias (estágio de blastocisto).
Ocorre a transferência de embriões através de um cateter específico. A quantidade de embriões é determinada pelo Conselho Federal de Medicina para Reprodução Humana e pelo médico especialista em reprodução. Após 8 a 12 dias é realizado o teste de gravidez.
Os embriões remanescentes podem ser congelados pelo casal para utilização futura.
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