Fenomatch: O Baby Center começa uma nova era de fazer matching facial entre doadoras
- Baby Center Medicina Reprodutiva
- 31 de ago. de 2018
- 2 min de leitura
Você precisa fazer tratamento como receptora e gostaria que a doadora fosse muito parecida com você? A infertilidade é um problema cada vez mais comum na nossa sociedade e pode se manifestar de diversas formas e ter causas diferentes. Em alguns casos, os pais tentam consecutivamente o tratamento de fertilização in vitro com seus próprios gametas (óvulos e espermatozoides) porém não conseguem ter sucesso. Uma das causas desse insucesso pode estar justamente nos gametas (óvulos e espermatozoide) e pode ser que você precise de óvulos para engravidar. Então surge um(a) novo(a) protagonista nessa história: a doadora de óvulos/o doador de espermatozoides.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina, através da Resolução n°2168/2017 (atualizada em novembro do ano passado), não permite que os futuros pais conheçam os doadores ou saibam ao menos quem são e como eles se parecem. Surge então uma ansiedade muito grande da parte dos pais: será que meu filho será parecido comigo? Essa ansiedade é vivida em outros países também, mesmo que eles tenham leis diferentes das nossas. Foi pensando nesse problema que a empresa espanhola Fenomatch criou um algoritmo de biometria facial que pode encontrar o doador ou doadora mais parecido(a) com os pais. Desse modo, o futuro filho do casal tem mais chances de nascer à semelhança dos pais.
E como essa tecnologia funciona? Ela coleta pontos de similaridade nos rostos e características físicas (fenotípicas) dos pais e doadores e analisa todas essas informações, encontrando o doador mais parecido. Esse algoritmo também adapta cor dos olhos, da pele e etnia. Ele possui uma escala de 1 (nenhuma semelhança) até 100 (quase um irmão gêmeo). A tecnologia BigData da Fenomatch permite analisar milhões de dados por segundo. Além disso, com essa técnica de BigData também é possível comparar resultados genéticos de doenças hereditárias dos doadores para evitar a transmissão de doenças para o embrião caso os pais também tenham o gene de predisposição para essa doença.

A importação dessa tecnologia para o Brasil precisa ter um cuidado: aqui nossa legislação não permite que os pais conheçam os doadores. Portanto, essa triagem e busca pelo doador mais parecido continuaria sendo realizada pela equipe médica. A grande vantagem é que a semelhança entre os pais e seus doadores seria garantida por um programa com algoritmos de última geração que aumentam a probabilidade de seu filho ser parecido com você! Esse é mais um exemplo da tecnologia na reprodução humana a favor dos pacientes.
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