O que é um blastocisto?
- Dr. Luiz Fernando Carvalho
- 12 de set. de 2017
- 2 min de leitura
Quem passa ou já passou por um processo de fertilização in vitro (FIV) já deve ter ouvido falar no termo blastocisto. Um blastocisto é o nome dado ao estágio de desenvolvimento de um embrião de cinco ou seis dias, que será implantado no útero da mulher. Essa é uma das etapas do tratamento de reprodução humana ou reprodução assistida.
O blastocisto possui em média 200 células, que representa uma estrutura celular bem robusta, diferentemente dos embriões com menos dias. Ele é composto por uma cavidade central chamada de cavidade do blastocele e pelas células da massa celular interna, responsáveis por formar o feto, e células da trofoectoderme, que mais para frente desenvolverá a placenta.
Durante o ciclo de desenvolvimento do blastocisto, ele recebe diversos nomes, que são simplificados por siglas. Iremos demostrar a forma mais usual de classificá-los. Veja:

Blastocisto inicial ou BI: dá-se quando já é possível observar uma pequena distinção das células.
Blastocisto cavitado ou BC: nessa etapa, já se vê uma cavidade, no entanto, ela ainda é pequena e ocupa menos da metade do blastocisto. Além disso, a membrana que protege o blastocisto (zona pelúcida) ainda se encontra grossa.
Blastocisto expandido ou BE: aqui, a cavidade do blastocele ocupa mais da metade do blastocisto e a zona pelúcida já é mais fina e está preparada para romper.
Blastocisto a iniciar eclosão ou BHi: essa é a fase em que o blastocisto já rompeu a zona pelúcida e inicia o processo de implantação.
Blastocisto eclodido ou BH: agora o blastocisto já está pronto para a implantação no útero da mulher!
No Baby Center Medicina Reprodutiva, utilizamos uma subclassificação de blasto que vai de 2 até 6. Entre o blasto 3 e 4 há ainda uma classificação de A-B-C, referente a quantidade e qualidade das células.
Referência para essa classificação:
Gardner, D., “Art and the Human Blastocyst”, Serono Symposia Series, Springer Verlag NY, 2001.
Por que transferir blastocistos?
O maior benefício é poder selecionar o embrião com a melhor qualidade celular, logo, com maior possibilidade de implantação. Se o blastocisto conseguiu evoluir e “passar” pelos seus devidos estágios, é sinal de que ele pode se desenvolver muito bem no útero materno.
Para que o casal tenha mais segurança, é recomendável que se tenha no mínimo quatro embriões “bons”, para garantir que pelo menos um deles amadureça e chegue ao blastocisto. É importante lembrar que cada caso é único, por isso, é imprescindível confiar no médico especialista em reprodução humana, pois será ele quem indicará o melhor estágio embrionário para a transferência.
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