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Conheça os medicamentos usados nos tratamentos de reprodução humana

  • Dr. Luiz Fernando Carvalho
  • 22 de set. de 2017
  • 4 min de leitura

Durante os procedimentos de reprodução assistida, destinados a mulheres que não conseguem engravidar naturalmente, são utilizados diversos medicamentos, entre eles os orais e, na maioria, injetáveis.


É muito importante que os casais conversem com o médico especialista em reprodução humana e perguntem como cada medicamento age no organismo. Isso vale principalmente para as mulheres, pois serão elas que receberão a maioria dos remédios.


Para compreender a necessidade e papel de cada medicamento no processo de fertilização in vitro, é necessário entender como ocorre a ovulação e fecundação natural.


Entenda o processo de ovulação e fecundação


O ciclo menstrual é reflexo de que o estado hormonal está funcionando corretamente e que resultará na ovulação de um único óvulo. Sabemos que esse processo ocorre no ovário, mas como tudo em nosso corpo, os comandos para cada ação vêm do nosso cérebro. Existe uma glândula no cérebro chamada hipotálamo, que trabalha em sintonia com a hipófise. Essas glândulas controlam o funcionamento do ovário que produz os óvulos e o hormônio estrogênio, responsável por preparar o útero para receber o embrião.


O ovário possui milhares de óvulos, mas durante cada ciclo menstrual natural, somente um óvulo alcança o pico ovulatório, isto é, fica apto e à disposição para a fecundação. Esse processo se dá logo após o começo da menstruação, quando o hipotálamo manda um sinal para a hipófise liberar o hormônio FSH (Hormônio Folículo Estimulante). Esse hormônio estimula os ovários, que seleciona um folículo (às vezes dois, no caso de gestação gemelar natural) para se desenvolver entre 10 e 14 dias, até a data da ovulação. Durante esses dias, o folículo produz o hormônio estrogênio, que ajuda no crescimento do endométrio dentro do útero. Quando ele alcança o diâmetro de aproximadamente 18 milímetros, manda uma mensagem para a hipófise, que aumenta a carga de hormônio LH (Hormônio Luteinizante) e determina a ovulação.


Dessa forma, o óvulo que se solta do ovário e é resgatado pela tuba deve se encontrar com os espermatozoides para fecundação em até 24 horas. Após esse fenômeno, forma-se o embrião que “anda” na tuba em direção à cavidade uterina (esse percurso dura em torno de quatro dias). Nessa fase, resta no ovário o corpo lúteo, que é uma parte – sem função - do folículo que ficou lá depois da ovulação, e inicia-se a produção do hormônio progesterona, que tem a função de fazer a preparação final do endométrio para receber o embrião.


Depois do embrião implantado, o ovário mantém a produção de estrogênio e progesterona, proporcionando um ambiente ideal para o desenvolvimento do embrião e a saúde do endométrio. Caso não ocorra a implantação, ou seja, a gravidez não aconteça, os hormônios se dissipam em 14 dias, ocorrendo a menstruação.


Todos os tratamentos de reprodução, desde os de baixa complexidade, como a relação sexual programada e a inseminação intrauterina, como os mais complexos, como a fertilização in vitro, também têm como base todo esse processo, com o objetivo de aproximar o óvulo do espermatozoide e obter a gestação, no entanto, nos procedimentos assistidos são utilizados medicamentos para aumentar as chances de gravidez.


Medicamentos utilizados nos tratamentos


Orais


A indicação dos medicamentos deve ser feita apenas pelo médico especialista em reprodução humana. Vou falar um pouco sobre as drogas orais mais usadas, sempre citando alguns nomes comerciais para mais fácil entendimento. O citrato de clomifeno (Serophene, Clomid ou Indux) é um medicamento que age na hipófise, fazendo com que essa glândula aumente os níveis do FSH e assim produza um maior estímulo ovariano e, consequentemente, mais óvulos. Esse remédio é indicado nos tratamentos que têm por objetivo corrigir problemas de ovulação, como os ovários policísticos, por exemplo.


Também são indicados por via oral os inibidores da aromatase, comercialmente encontrados como Arimidex e Femara, que agem na indução da ovulação.


Injetáveis


As medicações injetáveis são chamadas de Gonadotrofina e são indispensáveis nos tratamentos de fertilização in vitro, pois propiciam os melhores resultados. Esses medicamentos contêm o hormônio FSH e são classificados pela indústria farmacêutica pelo grau de pureza. O FSH puro (Gonal e Puregon) é produzido pela técnica recombinante. Outros tipos são obtidos por meio de purificação sofisticada da urina de mulheres menopausadas (Bravelle). Ambas devem ser injetadas diariamente por via subcutânea.


Existem também outros tipos de FSH associados ao LH altamente purificado, como o Menopur. O tempo de indução de ovulação para uma paciente é entre oito e 12 dias. Uma medicação mais recente, com nome comercial Elonva (Corifolitropina alfa), reduz o número de aplicações de sete para uma única dose, diminuindo o número de picadas e injeções diárias, o que oferece mais conforto para a paciente. O FSH é a medicação escolhida para a maioria dos tratamentos de fertilização in vitro.


Lista de remédios que contêm FSH:


Gonal

Puregom

Menopur

Pergoveris

Fostimon

Elonva


Outra medicação muito utilizada é o bloqueador de ovulação, principalmente nos tratamentos de maior complexidade, pois ele impede que a ovulação ocorra antecipadamente e os óvulos sejam soltos e perdidos antes de serem coletados. Existem duas categorias de medicações: os GnRH agonistas e os GnRH antagonistas. Eles são aplicados por injeções subcutâneas ou via nasal (agonistas) e inibem a elevação do hormônio LH, que causa a ovulação.


Lista de bloqueadores de ovulação:


Lupron

Synarel

Gonapeptyl day

Cetrotide

Orgalutran



A escolha por qual classe utilizar vai ser feita pelo médico de acordo com o caso da paciente. Os agonistas são aplicados antes do início da estimulação ovariana, e os antagonistas, de cinco a seis dias após o início da indução da ovulação. É importante ressaltar que os medicamentos podem provocar algumas reações, que são extremamente normais. Os agonistas podem provocar secura vaginal, sudorese noturna, ondas de calor e dores de cabeça. Já os antagonistas causam menos efeitos colaterais e necessitam de menos picadas, mas em contrapartida custam mais caro.


Outra droga injetável importante no tratamento de fertilização in vitro é a gonadotrofina coriônica (hCG), que tem ação semelhante a do LH produzido pelo organismo. Desse modo, esta medicação finaliza a maturação ovular. Ela deve ser utilizada em todos os tratamentos de reprodução, desde a relação sexual programada (RSP) até a fertilização in vitro. Na RSP, o hCG define o melhor momento para o ato sexual e na FIV, os óvulos são coletados 35 horas após a medicação ser injetada na paciente.


Após a fertilização ser concluída, alguns tratamentos ainda necessitam de suporte hormonal, mas isso será sinalizado pelo médico, que indicará a melhor forma de administrar a progesterona.



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