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Entenda o que é a endometriose

  • Dr. Luiz Fernando Carvalho
  • 29 de set. de 2017
  • 4 min de leitura

A endometriose afeta entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva e é a principal causa de infertilidade feminina no mundo. Isso acontece, pois ela pode estar relacionada a alterações no endométrio, alterações anatômicas e qualidade dos embriões.


Mas o que é endométrio?


Endométrio é o tecido que reveste a parte interna do útero. Todo mês, durante a menstruação, ele é descamado e volta a crescer logo após o período menstrual. É no endométrio que o embrião é implantado quando há gravidez, seja ela natural ou a partir de procedimentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro.


Se a mulher engravidar, o endométrio permanece inteiro durante a gestação. Caso contrário, ele se descama e é eliminado em forma de sangue na menstruação. É por isso que o atraso menstrual é o primeiro sinal de uma possível gravidez.


Por causa ainda desconhecida, o endométrio pode se deslocar, por meio da corrente sanguínea, para outros órgãos como ovários, tubas, intestino, reto e bexiga, causando a endometriose. O deslocamento do tecido pode ocorrer também para a camada muscular do próprio útero. Nesse caso, a alteração é chamada de adenomiose.


Endometriose

Estima-se que cerca de sete milhões de brasileiras sofram com a endometriose. O “sofram”, nesse caso, é no sentido literal da palavra, pois quando a doença manifesta sintomas, ela é capaz de mudar bruscamente a rotina das mulheres, de tão dolorosa que é.


De acordo com a American Fertility Society, a endometriose pode ser classificada como mínima, leve, moderada e severa. Esses estágios nada mais são do que os graus da doença. Existem ainda outras classificações que nomeiam a doença como superficial ou profunda.


Sintomas da endometriose


As queixas mais comuns de quem possui endometriose são: irregularidade menstrual, cólicas fortes, dor profunda e desconforto durante a relação sexual, dificuldade de engravidar e dor com sangramento para evacuar durante o período menstrual. Lembrando que em muitos casos a endometriose é assintomática, isto é, não apresenta nenhum tipo de sintoma e a paciente leva uma vida normal. Por isso, é tão importante a realização do check-up ginecológico periódico.


Resumo dos sintomas da endometriose:


1-) Dor na menstruação (Dismenorreia)

2-) Dor na relação sexual (Dispareunia)

3-) Dificuldade de engravidar (Infertilidade)

4-) Alteração intestinal e urinária durante a menstruação

5-) Dor pélvica por mais de três meses seguidos

Diagnóstico da endometriose


O diagnóstico está baseado em um tripé de história clínica, exame físico com o toque vaginal e exames de imagem (USG com preparo de intestino – feito por médico especialista - e/ou ressonância nuclear magnética). O diagnóstico da endometriose pode minimizar o avanço da doença, já que uma vez identificada, o tratamento e controle adequado deve fazer parte da vida da paciente. O médico ginecologista especialista em endometriose pode perceber algumas alterações já na primeira consulta da paciente por meio do exame de toque vaginal. Isso pode facilitar ou acelerar a descoberta do problema. No entanto, o diagnóstico efetivo da endometriose prevê avaliação do histórico clínico da paciente, presença de sintomas e exames complementares.


É importante ressaltar que o fator hereditário também influencia bastante no diagnóstico da doença. Nos casos de mulheres da família que tiveram ou têm endometriose, o problema pode estar em até 6% dos seus parentes de primeiro grau.


Tratamentos para a endometriose


O tratamento ideal é definido pelo médico especialista em endometriose, de acordo com o grau da doença. Na maioria dos casos o procedimento adotado é cirúrgico, a fim de retirar os fragmentos de endométrio espalhados por outros órgãos. A cirurgia laparoscópica é complexa e deve ser feita por uma equipe altamente qualificada e experiente, comandada pelo ginecologista especialista em endometriose.


Os sintomas da endometriose podem ser tratados com hormônios, com o objetivo de ajudar a paciente a ter uma vida “normal”. A fisioterapia pélvica e a acupuntura são recentes braços no tratamento da endometriose e vêm ajudando muitas mulheres a terem mais qualidade de vida. Os exercícios pélvicos e as aplicações das agulhas ajudam a diminuir as dores e incômodos, melhorando, automaticamente, o aspecto emocional da mulher.


A endometriose e a infertilidade


Todos os graus de endometriose podem estar associados à infertilidade feminina. O fato de não ser uma doença diagnosticada tão facilmente, faz com que a descoberta da infertilidade também não seja uma tarefa simples, principalmente quando falamos de casais que ainda não estão tentando engravidar.


Por que a endometriose causa infertilidade?


[if !supportLists]1) [endif]O endométrio não está “saudável” para a implantação do embrião;

[if !supportLists]2) [endif]Os fragmentos de endométrio atrapalham o transporte do óvulo pela trompa;

[if !supportLists]3) [endif]A doença altera os hormônios prolactina e prostaglandinas, que prejudicam a fertilidade;

[if !supportLists]4) [endif]Pode interferir no desenvolvimento embrionário, aumentando as chances de abortamento.


A endometriose tem cura?


Não podemos afirmar que a doença tem cura. Muitas mulheres, mesmo após procedimento cirúrgico, têm novamente a manifestação de sintomas, o que sugere que os focos da doença não foram totalmente retirados. Isso pode acontecer por cautela médica, onde a cirurgia pode ter envolvido riscos e, para a segurança da paciente, o procedimento não pôde ser mais invasivo a fim de retirar a endometriose em sua totalidade.


De modo geral, as cirurgias vêm apresentando bons resultados, seguidas ainda da restauração da fertilidade. Mais importante do que disseminar se existe a cura ou não, é enfatizar que a endometriose tem tratamento, controle e que pacientes podem ter uma vida normal e sem dores quando buscam ajuda especializada.



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