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Febre Amarela em pacientes que querem fazer fertilização: Entenda os riscos

  • Dr. Luiz Fernando Carvalho
  • 27 de fev. de 2018
  • 4 min de leitura

O recente surto de febre amarela no Brasil alarmou muitas pessoas. Criaram-se filas gigantescas de uma multidão desesperada por vacinas contra a doença em postos de saúde por todo país.


Mas afinal, o que é a febre amarela?


Febre Amarela


Definição e Sintomas


É uma doença infecciosa aguda de gravidade variável causada por um vírus que é transmitido por vetor (mosquito). Ao contrair o vírus, os sintomas são fracos ou inexistentes. De repente, começam a surgir as primeiras manifestações que duram até três dias:

  • Febre alta

  • Calafrios

  • Cansaço

  • Dor de cabeça

  • Dor muscular

  • Náuseas e vômitos


Na maior parte dos casos, é uma infecção autolimitada e após 3 dias, os sintomas desaparecem. A forma mais grave da doença é rara e se manifesta após um período curto de bem-estar, geralmente dois dias, agravando o quadro. O paciente passa a apresentar:

  • Insuficiência hepática e renal

  • Icterícia (olhos e pele amarelados)

  • Cansaço intenso

  • Manifestações hemorrágicas (sangramentos)

A maioria dos infectados apresenta boa recuperação e adquire imunização permanente contra a doença.


Incidência e transmissão


A doença é incidente na América do Sul, Central e África. A transmissão pode ser dada por mosquito urbano, Aedes aegypti (o mesmo da Dengue, Zika vírus e Chikungunya – vetor inativo) ou silvestres, em florestas, Haemagogus e Sabethes (vetores ativos).


Os esforços do Ministério da Saúde são para que o mosquito urbano não passe a transmitir a doença (o último caso que o mosquito urbano a transmitiu foi em 1942). Se isso acontecer, podemos ter uma epidemia severa no Brasil, como já acontece com a dengue.


A infecção ocorre quando uma pessoa que nunca tomou a vacina contra o vírus ou nunca contraiu a doença, circula por áreas florestais e é picada pelo mosquito infectado.


O que devo fazer se estou pensando em engravidar?


Febre Amarela e o tratamento de FIV


É muito importante que mulheres que estão planejando sua gravidez através de tratamentos de fertilização in vitro estejam imunizadas contra doenças que podem afetar a saúde de seu futuro bebê e de sua gestação.


Nesse contexto, o papel do médico é informar e esclarecer a importância de estar em dia com o calendário de vacinação.


É recomendável pelos médicos que a mulher que está planejando sua gravidez tome a vacina e aguarde no mínimo 30 dias para começar o tratamento de FIV.


Se eu estiver grávida posso tomar a vacina? Quais são os riscos para o bebê?


Gravidez e vacina contra febre amarela


Diferente do Zika vírus, também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a febre amarela parece não estar relacionada a malformação do feto.


A escolha de tomar ou não a vacina deverá ser orientada pelo médico que avaliará os benefícios para o caso em específico. É aconselhável que gestantes que residem em áreas de risco ou farão viagens para áreas endêmicas tomem a vacina. Caso contrário, não é recomendado.


A vacina é composta pelo vírus atenuado, porém vivo que pode desencadear reações e mal-estar. Os anticorpos criados pelo sistema imunológico da mãe frente ao estímulo da vacina podem passar a barreira placentária e os efeitos colaterais para o feto são desconhecidos.


Amamentação e febre amarela


Se a mãe contrair a doença e estiver amamentando ela deve parar de amamentar imediatamente! Há riscos de transmissão do vírus pelo leite materno entre 48 horas antes dos sintomas até 5 dias depois dos sintomas. Além disso, a doença causa dor, febre, indisposição e náuseas, o que faz com que naturalmente a mãe não consiga amamentar.


Se a lactante desejar tomar a vacina e seu bebê tiver menos de seis meses, ela deve parar a amamentação por 10 dias após a imunização. É aconselhável retirar o leite materno 5 dias antes da vacinação e congela-lo. O prazo de validade de leite materno congelado é de 15 dias, não sendo aconselhável exceder esse período. Se não estiver em uma área de risco, a recomendação médica é esperar os seis primeiros meses de amamentação para tomar a vacina.


Se a mãe desejar tomar a vacina e seu bebê tiver mais de seis meses de idade, não é necessário parar a amamentação, já que acima dessa idade, até o próprio bebê pode tomar a dose.


Efeitos colaterais e a vacina


As reações à vacina podem ser classificadas como esperadas ou graves. É estimado que 15% da população que tomou a vacina possa apresentar náuseas, vômitos, febre e dor no corpo, entre o quarto e o sétimo dia após a administração. Essa reação pode se prolongar por até 24 horas e é considerada esperada.


Somente 1 caso em 500.000 doses aplicadas é previsto para manifestar reações graves que podem chegar até derrame pulmonar e abdominal e falência múltipla de órgãos. O grupo de maior risco para esses casos são idosos acima de 60 anos.


Para tranquilizar as futuras mamães


A febre amarela é sim uma doença com a qual devemos nos preocupar quando o assunto é gravidez. Se você está planejando engravidar, tome a vacina antes para prevenir que seu baby não fique vulnerável à doença, mas não se esqueça de aguardar 30 dias antes de iniciar os tratamentos de fertilização.


Se você já está grávida, só é aconselhável que você tome a vacina se estiver em região de risco, se for para chácaras retiradas aos finais de semana ou se for viajar para regiões endêmicas.


E, por fim, se você já tem o seu pequeno, está amamentando e ele tem menos de seis meses, não é aconselhável a amamentação se você tomar a vacina e nem a vacinação do bebê. Após os seis meses, seu filho já pode ser vacinado se você estiver em uma região de risco.


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